Atividade de Tecnologia e Inovação


Tecnologia e Inovação 2as e 3as séries Prof. Gabriel Bistafa
Tema proposto: Narrativas Digitais
Objetivo de Aprendizagem: Após retomar alguns temas e conceitos trabalhados, pretende-se introduzir o tema da narrativa digital, colaborando assim, para a assimilação do conceito de narrativa, associado com a tecnologia, daí tornando a narrativa digital um meio de subjetivação do estudante por meio da reflexão da tecnologia como ferramenta e meio do ser humano construir-se como sujeito reflexivo e autônomo.
Retomando e para início de conversa: no decorrer do primeiro bimestre caracterizamos a tecnologia como uma ferramenta usada pelo ser humano desde sempre, se pensarmos na pré-história por exemplo, o homem começou a fazer uso de ferramentas na subdivisão Neolítica, e consequentemente consegue cultivar as terras e domesticar os animais para a agricultura, fazendo utensílios[gb1]  para trabalhar a terra, como tipos de pás, enxadas e mecanismos para usar os animais para arar a terra: isto é tecnologia certamente. A tecnologia apoia o homem para que ele tenha uma vida melhor. Um simples apagador de lousa, ou um óculos, ou ainda uma folha de papel têm em si muita tecnologia, um livro ou um máquina simples foram desenvolvidas pelo homem justamente para facilitar sua vida ou atender um desejo seu. É impossível pensar o desenvolvimento da humanidade sem a tecnologia e as inovações que ele fez. Questionamos e refletimos nas aulas até agora porque o homem desenvolveu a tecnologia e inovou para viver melhor. O homem tem uma racionalidade inquietante que o faz por-se em ação mental e corporal onde ele exercita os sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato) e por causa da sua capacidade racional e inventiva ele cria e desenvolve coisas, de acordo com sua necessidade e vontade, desde uma roupa de pele de animal na pré-história (algo muito difícil de se conseguir) até um telefone na época contemporânea que serve para a comunicação humana. Um segundo ponto fundamental do que falamos até agora é que o ser humano tem em si um ‘desejo’ de relacionar-se com os outros, ele é sociável, zoon politicon (homem que se relaciona – animal político) para Aristóteles, ou seja, o homem é um ser que tem a capacidade e necessidade de se relacionar com outros e , impelido por isso, ele desenvolve comunicações cada vez mais poderosas para tanto. Assim, e por causa desse desejo humano (comunicar-se) surgem as Tecnologias da Informações e Comunicação (TICs) no século XX e o chamado Mundo Digital que tem a Inteligência Artificial, A Internet das Coisas, as Fake News, os Algoritmos e os Bitcoins entre tantos outras coisas complexas em nosso tempo. Também, refletimos sobre nós como indivíduos e as Redes Sociais que nós interagimos. Falamos do pensador Manuel Castells, cientista social que discutiu o conceito de Redes no mundo de hoje num livro chamado Sociedade em Rede, percebendo com isso que tudo que existe hoje, ou quase tudo, está conectado em rede, ou seja, o modo de organização das relações humanas em nosso tempo se efetivam por meio das redes. Com isso, percebemos que as pessoas se subjetivam, se influenciam muito pelas redes sociais que participam, é como se hoje a individualidade fosse diferente do que era antes, porque cada um se constrói sendo influenciado fortemente pelas redes sociais que participa, exemplo disso é que, muitos de nós, em graus diferentes, nem sequer levantam da cama antes de se conectar com suas redes sociais, e passam bastante tempo conectados, seja nas redes sociais ou nas mídias hoje digitais como a Televisão e sistemas de streaming.  

Avançando mais: deu pra relembrar, refletir, aprofundar. Espero que sim! A bola da vez agora é o conceito de narrativa. O que é narrar, e ainda o que é uma narrativa digital. Algo importante é pensarmos que todos nós vivenciamos coisas, sentimentos, situações que nos marcam, e ainda, acontecimentos sem tanta importância, coisas cotidianas e corriqueiras. E como já dissemos antes, as pessoas em geral têm desejo de se comunicar e a narrativa, antes mesmo de existir a escrita era o instrumento de comunicação por excelência, os poemas eram cantados e narravam importantes histórias para as pessoas que os cantavam, assim, a música como intrumento de comunicação humana existe antes mesmo que a escrita. Algo formidável, não. Mas se aprofundarmos, ainda mais a questão: por que alguém narra algo que aconteceu em sua vida: um seriado ou uma novela, ou até mesmo uma canção que envolvem a emoção e o pensamento das pessoas acontece porque alguém tem necessidade de dizer algo, de se expressar, de falar de si ou das suas emoções, de tratar uma questão. E narrar como afirma o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa é exporcontar (fato real ou imagináriopor meio de escrita ou oralmente, ou por imagens. E se pensarmos nisso, e levantarmos o termo narrativa digital, perceberemos que a ação de narrar digitalmente nos fica muito clara: uma postagem no FaceBook ou no Instagram, a frase no status que colocamos no whatsapp, um meme que fazemos ou compartilhamos, um vídeo no youtube, ou simplesmente um texto escrito num blog é uma narrativa digital que por vezes fazemos, e assim nos conectamos com as pessoas de nossa rede, então a narrativa nada mais pode ser senão a narrativa que faz uso de tecnologias e se espalha pelos meios digitais que existem hoje e existirão no futuro.
Há elementos importantes numa narrativa, chamados elementos de tipologia narrativa: o narrador;
a personagem de quem ele conta a história;
o tempo onde essa história acontece, podendo ser um tempo cronológico ou ainda psicológico (por exemplo: não importa o tempo que passou, mas está vivo na minha memória quando eu andei de bicicleta pela primeira vez);
o espaço onde conto a história;
e o enredo que tem uma situação inicial, um conflito, um clímax (ponto crucial) e um desfecho que diz como termina a história.

Agora sugiro uma atividade simples para refletirmos e para significar mais precisamente o que é uma narrativa digital.
Faça um texto sobre como é importante as pessoas cuidarem da saúde de si e dos outros em tempos de pandemia e como esse cuidado pode tornar a nossa sociedade melhor quando a pandemia acabar. Envie para o professor pelos meios digitais disponíveis e o texto desse post (postagem no facebook). Dica: lembre-se que vc pode se orientar pelos elementos de tipologia narrativa.  


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quinta-feira, 7 de maio de 2020

Atividade de FIlosofia 3a série #EquipeAltina


Filosofia 3as séries Prof. Gabriel
Tema proposto: Atitude Filosófica

Objetivo de Aprendizagem:  desenvolver e aprofundar a atitude filosófica na vivência de cada um, percebendo a filosofia no cotidiano e em tudo.
Habilidades e finalidade da Discussão:
·       Identificar a presença da Filosofia no cotidiano
·       Identificar características da Filosofia como reflexão
Para início de conversa: no decorrer do primeiro bimestre retrabalhamos definições de filosofia, ressaltando a importância do uso da razão que surge como ruptura com o mito na Grécia Antiga, embora existam críticas bem fundamentadas quanto a um uso da racionalidade excessiva, que não valoriza a emoção e o sentimento, em detrimento da razão, o pensamento tipo calculador e lógico, são essenciais para termos uma atitude considerada filosófica. Trabalhamos também a figura do filósofo ou pensador e discutimos a noção de estereótipo; percebemos ainda que a maioria de nós, concebe o filósofo como uma pessoa boa, que se preocupa com os outros e se coloca como uma reflexiva sobre as questões importantes para a vida e a sociedade como um todo.
Depois trouxemos como nosso Caderno do Aluno sugere a figura do filósofo Antonio Gramsci, que formula um teoria interessante que sustenta que todos os homens são filósofos, para ele “filosofar é pensar”, e necessariamente todos os homens pensam, pois ao fazer uso da linguagem para se expressar, o homem põe em funcionamento a sua racionalidade, assim como pensa, consequentemente é filósofo.  Nesse mesmo caminho de trazer filósofos estudamos a figura de Sócrates, essencial na filosofia, pois ele muda o centro da reflexão filosófica da investigação científica de matriz lógico-racional para as questões morais e éticas, abandonando a preocupação dos primeiros filósofos com a origem do mundo (cosmos) e o que são as substâncias  para o que é o ser humano? O que é a justiça? O que é o amor? O que é a amizade? Assim, Sócrates se propõe a investigar a natureza humana e a interioridade do homem, surgindo assim os campos da Filosofia, Ética, Política e Antropologia.
Responda no Caderno:
1.Você já percebeu que quando fala com as pessoas você realiza operações mentais, pensa e muitas vezes reflete sobre o que é melhor falar?
2. Escreva com as suas palavras quais são as duas atitudes filosóficas de Sócrates?

Continuando diante de nosso conhecimento sobre a o que é atitude filosófica, podemos ainda aprofundar esse tema com o discípulo mais proeminente de Sócrates, Platão. Para isso leremos um mito de Platão, que nos ajudará a perceber que o quanto a atitude filosófica pode ser profunda, e ao mesmo tempo, o quanto uma atitude anti filosófica pode ser muito forte também.
Leia o texto





Explicação de texto: se buscarmos como guia para interpretação do texto de Platão, os conhecimentos que já temos do seu mestre Sócrates, podemos considerar que o mito de Platão justamente vai abordar a atitude filosófica por excelência, assim o texto nos revela ainda mais o que é a filosofia e qual é o papel (atitude) do filósofo. Platão vai usar metáforas para mostrar o que é atitude filosófica. Os escravos acorrentados são os homens, as correntes são as paixões e a ignorância, as imagens refletidas na caverna são as ilusões que os homens acreditam. E a liberdade do homem é a libertação dessas ilusões que a filosofia proporciona. Quando o homem é posto fora da caverna é uma metáfora do entendimento e da compreensão da realidade da experiência filosófica e o mundo fora da caverna é o mundo das ideias, ou seja, para Platão a essência de todas as coisas, a verdade das coisas. Platão ainda traz o Sol como metáfora e relaciona-o com o bem; assim como o sol ilumina tudo o bem também ilumina o mundo e nesse iluminar revela o que é o mundo, quer dizer, o bem gera conhecimento da realidade, é como se Platão dissesse que devemos olhar as coisas com a finalidade do bem, da verdade, da realidade, note-se que o maior bem aqui é justamente o conhecimento em oposição à ignorância. No mito a situação do regresso do escravo é justamente a tarefa do filósofo: contar as pessoas que existe um mundo real e uma realidade diferente das sombras e da ilusão, porém, sua missão é difícil, pois uma vez os outros homens aprisionados na caverna e considerando as sombras realidade geralmente tem uma atitude que podemos chamar de anti filosófica, a não aceitação da realidade, da escolha da ignorância que se enraíza nos homens que se negam a duvidar do próprio conhecimento, que acreditam que sabem, homens incapazes de perceber que há coisas que não sabem (o oposto da máxima de Sócrates: “Só sei que nada sei”), ao mesmo tempo os escravos da caverna são incapazes porque não experimentam a reflexão incapazes do autoconhecimento.  

Responda no Caderno: com base na leitura do texto e de sua reflexão responda as questõ
3.       Qual é o significado da caverna e das pessoas amarradas pelas pernas e pelo pescoço?
4.       Identifique no texto as outras três etapas do conhecimento que Platão menciona, primeiro é o conhecimento das sombras?
5.       O que representa a metáfora do Sol?
6.       O trecho “E não matariam, se pudessem, a quem tentasse libertá-los e conduzí-los para a luz?” mostra a atitude anti filosófica por excelência. Como podemos recusar essa atitude e sermos filósofos nem sua visão?

Seguindo Adiante: Percebemos com o pensamento de Sócrates e Platão são altamente eficientes para filosofarmos e sairmos das nossas crenças irrefletidas e naturalizadas porque alguém nos disse pra fazer de certa forma e de não outra. Agora estamos prontos para filosofar e questionarmos a nós mesmos, a sociedade e o mundo, e podemos, a exemplo de Platão buscar a essência das coisas e o bem comum, que ordena a existência daqueles que filosofam para Platão.
Responda no Caderno e viva o seu filosofar interior:

7.  Considerando que vivemos em uma caverna, quais seriam as crenças que mais aprisionam a nossa sociedade?
8. Como podemos passar de uma atitude passiva frente crenças que mais nos aprisionam socialmente para uma atitude mais ativa?
9. Qual é o papel das redes sociais para nos manter passivos e qual papel ela pode exercer para uma atitude mais ativa?

Sugestões para pesquisa e aprofundamento

Páginas da web recomendadas:
Dicionário Escolar de Filosofia
. Neste mesmo site, você encontrará link para outros recursos úteis para o ensino/ aprendizagem de Filosofia. https://criticanarede.com/dicionario.html#footer
Dicionário de Filosofia. Neste mesmo site, você encontrará link para outros recursos úteis para o ensino/ aprendizagem de Filosofia.  http://www.filosofia.com.br/dicionario.php
Farofa Filosófica. Neste site você encontrará artigos, imagens, vídeos, poesias, filmes, documentários, etc. Tudo muito organizado com um ambiente convidativo para a navegação.
https://farofafilosofica.com/
Guia do Estudante. Abril Cultural. Conteúdo especial aborda as principais correntes do pensamento filosófico e os autores mais influentes.
https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/especial-filosofia/
Universia obras de Filosofia - permite acesso a obras de Filosofia em inglês ou no idioma original.
http://noticias.universia.com.br/vida-universitaria/noticia/2015/03/03/1120853/faca-download-gratuito-130-livros-filosofia.html

            


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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Thomas R. Maltus-TEXTO II -Capítulo I Ensaio Sobre a População


MALTHUS. Thomas Robert
Ensaio sobre a População, 1798
Tradução Antonio Alves Cury. Editora Nova Cultural. São Paulo, 1996.

Não conheço nenhum escritor que tenha admitido que nesta terra o homem, fundamentalmente, seja capaz de viver sem alimento. Mas o Sr. Godwin prognosticou que a paixão entre os sexos pode ser extinta com o tempo. Contudo, como ele considera esta parte de seu trabalho um desvio para o campo da conjectura, não insistirei mais sobre isso agora, a não ser em afirmar que os melhores argumentos para provar a perfectibilidade do homem provêm de um estudo do grande progresso que ele já realizou desde o estado bárbaro e da dificuldade de dizer onde ele se detém. Mas, com relação à extinção da paixão entre os sexos, nenhum progresso, qualquer que ele seja, foi feito até aqui. Ela parece existir com tanto ímpeto agora como existia há dois ou há quatro mil anos. Existem exceções hoje como sempre existiram. Mas, como essas exceções não parecem crescer numericamente, decerto seria uma demonstração antifilosófica inferir, simplesmente a partir da existência de uma exceção, que a exceção com o tempo se tornaria a regra e a regra a exceção. Então, adotando meus postulados como certos, afirmo que o poder de crescimento da população é indefinidamente maior do que o poder que tem a terra de produzir meios de subsistência para o homem. A população, quando não controlada, cresce numa progressão geométrica. Os meios de subsistência crescem apenas numa progressão aritmética. Um pequeno conhecimento de números demonstrará a enormidade do primeiro poder em comparação com o segundo. Por aquela lei da nossa natureza que torna o alimento necessário para a vida humana, os efeitos desses dois poderes desiguais devem ser mantidos iguais. Isso implica um obstáculo que atua de modo firme e constante sobre a população, a partir da dificuldade da subsistência. Esta dificuldade deve diminuir em algum lugar e deve, necessariamente, ser duramente sentida por uma grande parcela da humanidade. Por todo o reino animal e vegetal a natureza espalhou largamente as sementes da vida, com a mão a mais generosa e pródiga. Ela foi relativamente parcimoniosa quanto ao espaço e à alimentação necessários para criá-los. As células vitais contidas nesta parte da terra, com bastante alimento e espaço para se expandir, preencherão milhões de mundos no decurso de uns poucos milhares de anos. A miséria que despoticamente permeia toda a lei da natureza limita estes mundos mediante determinadas restrições. Os reinos vegetal e animal se reduzem sob esta grande lei limitadora. E a espécie humana não pode, por simples esforços racionais, escapar dela. Entre as plantas e os animais suas consequências são a perda do sêmen, a doença e a morte prematura. Na espécie humana, a miséria e o vício. O primeiro, a miséria, é uma consequência absolutamente necessária da lei. O vício é uma consequência altamente provável e, por essa razão, o vemos predominar largamente, mas não pode, talvez, ser chamado de consequência absolutamente necessária. A provação da virtude é resistir a toda tentação do mal. Essa desigualdade natural dos dois poderes, da população e da produção da terra, e essa grande lei da nossa natureza que deve manter constantemente uniformes suas consequências constituem a grande dificuldade, que a mim me parece insuperável no caminho da perfectibilidade da sociedade. Todos os outros argumentos são de importância pequena e secundária em comparação com este. Não vejo nenhuma forma pela qual o homem possa escapar da influência desta lei que impregna toda a natureza viva. Nenhuma igualdade fantasista, nenhuma norma agrária, no seu maior alcance, podem remover a sua pressão mesmo por apenas um século. E, por essa razão, a lei se mostra decisiva contra a possível existência de uma sociedade em que todos os membros viveriam em tranquilidade, prosperidade e num relativo ócio, e não sentiriam nenhuma angústia para providenciar os meios de subsistência para si e para os filhos.
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Thomas R. Maltus-TEXTO I -Prefácio Ensaio Sobre a População


Maltus. Thomas Robert
Ensaio sobre a População
Tradução Antonio Alves Cury. Editora Nova Cultural. São Paulo, 1996

Este ensaio se originou de uma conversa com um amigo acerca do tema do ensaio do Sr. Godwin sobre a avareza e a prodigalidade, no seu Enquirer. A discussão começou com a questão geral sobre o aperfeiçoamento futuro da sociedade, e o autor tinha inicialmente a intenção de simplesmente expressar ao amigo seus pensamentos por escrito de uma forma mais clara do que pensava que poderia fazê-lo numa conversa. Como o assunto se lhe apresentou, ocorreram algumas idéias que ele não se lembrava de ter percebido antes, e como pensou que qualquer mínimo esclarecimento sobre um tema, no geral tão interessante, poderia ser recebido com boa vontade, resolveu organizar seus pensamentos de forma adequada para publicação. O ensaio poderia ter sido, sem dúvida alguma, muito mais completo, mediante uma compilação de maior número de fatos na elucidação da argumentação geral. Mas uma longa e quase completa interrupção por causa de muitos negócios particulares, aliada a uma vontade (talvez imprudente) de não atrasar muito além do prazo que originariamente se propunha, impediram o autor de dar ao assunto uma completa atenção. Ele supõe, contudo, que os fatos que expôs não servirão de base para criar nenhuma evidência sem valor, por causa da validade de sua opinião com relação ao aperfeiçoamento futuro da humanidade. Atualmente, da forma que o autor concebe esta opinião, pouco mais lhe ocorre ser necessário para fundamentá-la do que uma simples afirmação, além da mais superficial visão da sociedade. É uma verdade óbvia, observada por muitos escritores, que a população deve sempre ser mantida abaixo do nível dos meios de subsistência; mas nenhum escritor que o autor cita investigou particularmente os meios pelos quais esse nível é atingido; é uma concepção desses meios que constitui, no seu modo de pensar, o mais forte obstáculo no caminho de um grande aperfeiçoamento futuro da sociedade. O autor espera que essa concepção surja da discussão deste interessante assunto porque ele é movido unicamente por amor à verdade e não por preconceito contra qualquer grupo de homens ou de opiniões.
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quinta-feira, 9 de maio de 2019

O Iluminismo, Ilustração ou Esclarecimento na prespectiva histórica citando os filósofos e pensadores.

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quarta-feira, 8 de maio de 2019

A Ética consequencionalista de Jean-Paul Sartre e o filme Corra Lola, Corra de Tom Tykwer


Breve descrição: filme relata a história de Lola e seu namorado onde ela se vê em diferentes possibilidades de escolha. De acordo com sua escolha o fim da história se altera. è possível traçarmos uma relação entre o filme e a Ética consequencionalista de Jean-Paul Sartre, quer dizer, mesmo em situações limite e difíceis temos a liberdade de escolher a ação a ser tomada por nós. Porém, como no filme, cada escolha produz um final diferente. Assim, nossas escolhas, como para Sartre trazem o peso da consequência.  


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terça-feira, 7 de maio de 2019

Artigo sobre o filme Agentes do Destino por Mário Pereira Gomes


Artigo sobre o filme Agentes do Destino por Mário Pereira Gomes (https://medium.com/@mariogomes/uma-crítica-ao-filme-os-agentes-do-destino-5344247a4027)



Nós somos livres ou apenas temos a ilusão de liberdade? Esta problemática é o mote da obra cinematográfica Os Agentes do Destino (título original: The Adjustement Bureau) baseado num conto de Philip K. Dick (a.k.a PKD). Antes de partir para a análise cabe destacar que o filme acabou por retirar o caráter gnóstico do conto tornando-se apenas mais um filme sobre um casal que luta contra todos para viverem o verdadeiro amor.

O candidato a senador David Norris (Matt Damon) está num banheiro conversando consigo mesmo após ter perdido a eleição, mas é interrompido por Elise que estava escondida por ter entrado sem convite numa festa de casamento. O encontro com ela o inspira de tal forma que David faz o melhor discurso de sua vida salvando assim a própria carreira política. No dia seguinte vemos dois agentes numa praça e eles conversam entre si de que o protagonista deve derramar café na própria roupa às 07h05min para que chegue atrasado no novo emprego.

Todavia, o agente responsável por atrasá-lo acaba por cochilar num banco e David não se atrasa. Quando chega na empresa ele se depara com uma cena fora do comum: agentes desenergizando os funcionários. Ao tentar fugir ele é capturado e descobre que a realidade é moldada segundo os planos de Deus (chamado no filme apenas de Presidente) e os agentes do destino (anjos) são os responsáveis por impedir que as pessoas sigam um caminho distinto do que foi planejado para eles. Thompson, um dos agentes, fala que eles interferiram na humanidade em momentos em que a racionalidade foi o guia dos humanos como o Renascimento, a Revolução Científica e o Iluminismo.

Épocas como a Idade Média e as duas guerras mundiais são tratadas como períodos em que os agentes estiveram afastados do mundo e a espécie humana esteve por conta própria e guiada pelos seus impulsos mais primitivos. Edward Gibbon aprovaria tal obra cinematográfica. Voltando ao filme Thompson ainda afirma que se David não se afastar de Elise os sonhos dos dois morrerão, então o protagonista decide abandoná-la e canalizar todas as suas energias para a política.

Harry, o único agente que se compadece de David, encontra este num galpão e diz que Thompson quer o fim do relacionamento com Elise por esta ser o suficiente para ele. Com ela David não precisaria preencher o vazio que sente com os aplausos, o reconhecimento e o poder. Harry decide ajudar seu mais novo amigo e este se encontra com Elise e fala para ela que mostrará a verdade não apenas sobre a realidade com o intuito de falar com o Presidente para que este altere o plano em relação aos dois para que estes possam viver o amor verdadeiro. Simbolicamente a porta para o prédio em que está o Presidente se encontra na base da Estátua da Liberdade, mas eles não encontram Deus e ao chegar no topo se veem cercados pelos agentes.

Os dois se beijam e seus perseguidores somem para em seguida aparecer Harry trazendo uma mensagem do Presidente: a partir de agora David e Elise terão de fazer o próprio destino, ou seja, não há mais nenhum plano divino que norteará a vida dos dois. Através do poder do amor eles se tornaram verdadeiramente livres. Por fim, o casal anda pelas ruas de Nova York, enquanto Harry narra que o plano de Deus é de que um dia os seres humanos usem o livre-arbítrio de forma sábia ao ponto de não ser mais necessário escrever plano algum.

Ao negligenciar as características gnósticas do conto que inspirou a obra fílmica esta se torna desprovida de críticas sobre a natureza da nossa realidade. Você assiste e depois continua levando sua vida em que acorda de manhã para trabalhar durante 8 horas; voltar para casa com o intuito de comer e assistir televisão até dormir para que no dia seguinte o ciclo se repita.

No entanto, o que PKD queria era que após ler o conto ou ver um obra fílmica realmente baseada em uma de suas obras você usasse seus mais de 80 bilhões de neurônios para investigar o que chamamos de realidade e não para se entorpecer com um filme melodramático.

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